sábado, 19 de novembro de 2011

POEMINHA MANHOSO

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Quero estar serena ao teu lado
Sentindo o teu calorzinho...
Afagar-te suave os cabelos
Deixar-te bem manhosinho
Até tu dormires deleitoso
Sonhando com os anjinhos...
Quando a fadiga afinal chegar
Aninhar-me a ti com jeitinho
Acolhida de todo em teus braços,
Nós dois enlaçados, quentinhos...
Dormindo gostoso e profundo,
Abarrotados de amor e carinho


Ceiça Lima

http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/2075147 



DESLUMBRE DE AMOR

 Imagem https://www.facebook.com/media/set/?set=a.190423974330983.40716.151542451552469&type=3


Tu efígie de mistério,
Beijo de sedução
Ardor que não repousa
Não sossega o coração...
Mistério de candura
Orvalhando a flor
Essência de ternura
Aconchegando o amor.
Onde estás minha saudade,
Além de aqui guardado em mim?
Onde estás minha saudade,
Alheio, ausente... Tão longe assim?
Ah se eu pudesse parar o mundo,
Assim, mágico, em minhas mãos...
Deter no encanto das palavras
O deslumbre do nosso amor
A intensidade da nossa paixão
Eternizar-te-ia numa poesia rubra
Pulsante e ardente no meu coração

Ceiça Lima

http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/2120803



RUGAS


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Rugas...
São estações...
Passado... Presente...
Entranhados nas variantes
Dos amores, das paixões...
Dos sonhos que chegaram
De outros tantos idos,
Dos muitos realizados,
De alguns já esquecidos...

Rugas...
São caminhos...
Latentes... Silentes...
Tatuados na alma
No solo do corpo.
Atalhos, desvios,
Estradas vicinais...
Encontros, desencontros
Saldos existenciais...

Rugas...
São adornos...
Sulcos... Franzires...
De chorar, de sorrir,
De cantar, de sentir,
Contornando sorrisos
Engalanando o olhar
Decompondo a vida
Na essência de amar.

Ceiça Lima

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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

QUE NUNCA SE ACABE

 imagem Google

Que nunca acabem de tua boca
Estas palavras de amor
Que me comovem a alma.
Que de ti nunca se estanque
Este poder de me fazer feliz
Pelo simples fato de existires.
Que nunca se acabe
O teu amor, que é meu
E se faz nosso...
E nem esta certeza
Que apesar de tantas falas
Sou tua e tu és meu, nesta
E em outras tantas vidas.
Que nunca acabe do teu ser
Esta vontade de mostrar-me
A amplidão do teu amor...
E mostras-me!
Trazes-me a magia do mundo 
Ao pronunciar o meu nome.
Que nunca acabe esta saudade 
Palpitante em teu peito,
Nem tão pouco este desejo
De dar-me sempre o melhor
Do melhor que encerras em si...
Saberei que estou em ti
Como tu estás em mim
E seremos inesgotáveis e sempre,
Eternamente...
Um ao outro se buscando.
Adoro-te.


Ceiça Lima

http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/2209646.

 

domingo, 6 de novembro de 2011

QUEM ÉS TU?

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Quando a dor da solidão
se faz presente
O pesadelo da tua ausência
a tudo silencia.
Teu semblante
é paisagem avessa e triste,
O tempo se arrasta lento,
parece até dormir...
Tua ausência, calmo grito,
o peito inunda
E tua imagem reticente
ocupa-me todo o olhar.
Como perfume
os sonhos vão se evaporando
E o medo do amanhã
se instalando forte no ser...
Já não mais ouço
o sorriso das estrelas...
Tudo em volta é silenciar...
Onde estás, poeta-fascínio,
Que a tudo faz em saudade
E transforma os olhos
num imenso mar?
Quem és tu, trovador dúbio,
Que a tudo converte em sonho
E aos pensamentos faz fervilhar?

Ceiça Lima

http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/2233650 




QUIETUDE I

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Há tempos estas vontades...
Que incluem passeios de mãos dadas,
Casa de campo, um sol diferente.
Há tempos estas vontades insipientes...
De observar pássaros e borboletas,
E o vento a brincar entre as folhagens.
De Tomar banho de chuva,
Andar por caminhos de terra molhada,
Sentir o prazer e a dor de todo dia,
Porém confiante e de alma serena.
Há tempos estes desejos simples...
De dedicar mais do meu tempo à casa,
Preparar suflês, pão de queijo, torradas...
De deixar os objetos e tudo à minha volta
Parecidos comigo e eu parecida com tudo...
Abrir as janelas para o sol invadir a sala,
Enfeitar o quarto com cortinas leves,
Coxins macios e colchas estampadas,
E perfumar tudo com incenso de rosas.

Ceiça Lima

http://www.recantodasletras.com.br/poesiasbucolicas/2289505




QUIETUDE II


 Há tempos estes sonhos elementares...
Plantar orquídeas, tulipas e gérberas,
Encher de margarida as jardineiras,
Adubar a terra e regar o jardim...
Respirar o cheiro delicado do orvalho,
Colher flores coloridas e perfumadas
Frutas, verduras e legumes fresquinhos,
Ouvindo o alvoroço dos bichos no quintal.
Sem hora de chegada ou partida,
Subir serras, descer montes,
Tomar banho de cachoeira,
Beber água pura das fontes...
Há tempos este desejo na mente...
Pintar a vida com tinta colorida!

Ceiça Lima

http://www.recantodasletras.com.br/poesias/2290747 


 

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

DESLIZES




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Conheço este jeito escorregadiço
De quem faz promessa e não cumpre,
Conheço esta cara de quem sabe a porta,
Mas guarda as chaves em segredo,
Conheço as paredes que me cercam.
Sei deste jeitão de mar revolto,
Inconstante como as marés...
Se nas calçadas converso com sapos,
Dissimulado, invocas as estrelas,
Premeditando fatos e prevendo efeitos.
Pudor... Talvez pouco ou nenhum!
Já nem me surpreende o asco do riso,
Nem o horror da espantosa sanidade
Que vestem minh’alma...
Não te guardo rancor e perdôo
A insanidade do teu egoísmo,
Tua é a loucura do seguir sozinho
No escuro, nas pedras, nos musgos,
Nas noites interiores...
Nada entendes de coisas da alma
Muito menos de brilho de estrelas,
Não sabes, sequer, de pirilampos!
És só um menino pequeno e frágil,
Menor que flor de miosótis,
Mas não menos belo e doce por isto...
Só não devias arrastar contigo
O brilho de todas as estrelas
E, inconseqüente, povoá-las
Com os teus irritantes deslizes.

Ceiça Lima.




VAZIO


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De tanto residir no teu silêncio
Aprendi a calar e ouvir paredes
E há tempos tornei-me pássaro
Que recusa o destino de ser livre,

Sempre presa às tuas armadilhas,
Embaraçada nos teus embustes...
Que alguém se deixou lograr é fato,
Não sei se tu, o destino ou eu...

Há um enorme e arrastado tempo
Carregas consigo este debate inútil,
Esta odiosa e tola certeza das coisas.

Contraditória esta tua conduta,
O teu viver em desordem interna:
Vazio de si e de quem deverias ser.

 Ceiça Lima





PASSAR DO TEMPO


Lá no alpendre,
Da casa amarela,
Deitada em teu colo,
Balançando na rede,
Admirando as estrelas,
E a serenidade da lua,
Ouvindo teu respirar,
E deixando o tempo passar...
Há tempos antevejo
Por entre o laranjal,
Nós dois lá longe,
De mãos dadas,
Pés descalços,
Passos lentos,
Cabelos branquinhos,
Felizes... Velhinhos...
Repletos de sonhos,
Amor e carinho!

 Ceiça Lima




O SÉTIMO DIA

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Contam que o Universo era um espaço inóspito e revolto... Era o “nada” e “tudo” flutuava inerte na espiral sombria daquele caos...

Sem vida, éramos poeirinha cósmica girando em meio às galáxias. Talvez estrelinhas brilhantes passeando entre as Eras, enfeitando os céus do caos... Pontinhos fumegantes revolucionando a vastidão sem fim... De nada sabíamos e de nada precisávamos, sequer existíamos.

Um dia, não se sabe como e nem porque, Deus, que naquele caos co-habitava, entendeu que aquilo não era bom. Coisa nenhuma continha movimento de vida, tudo era um revolver desordenado, uma grande confusão.

Naquele instante o Criador achou por bem organizar a desordem e durante seis longos dias trabalhou intensamente e fez tudo que hoje há. Ordenou os dias, as noites, os planetas, as águas, a natureza...

Criou a vida... Criou o homem, à sua imagem e semelhança e a este entregou o domínio da Terra e de tudo que nela existia... E já enfadado, no sétimo dia, Deus descansou.

E desde então muita coisa mudou...

Como único ser pensante, racional e inteligente o homem tinha nas mãos o Universo inteiro ao seu dispor. Encheu-se de “sonhos” e se fez do mundo co-criador... E dominou sobre a Terra e tudo que nela há, desejou cada vez mais o poder e a soberania.

Para seu próprio deleite modificou a natureza das coisas, encheu-se de empáfia e dominou sobre o mais fraco, corrompeu, adulterou e contaminou o mundo com o anseio de  tudo ter, de tudo poder...

E o homem, antes imagem e semelhança de Deus, transformou-se num animal feroz e destrutivo... Predador da sua própria espécie em todos os domínios da existência. Muitos, opulentos, nada fazem em prol do irmão abandonado à própria sorte, presunçosos seguem insaciáveis, angariando, capitalizando, monopolizando...

E hoje a Terra é um espaço escuro, revolto e quase inóspito, submersa ao caos que abriga a humanidade... Os homens campeiam no “tudo” e “nada” encontram... São seres viventes, pensantes, racionais e inteligentes rodopiando na espiral sombria do caos...

E permanecemos no sétimo dia... Talvez Deus, ainda cansado, durma ou dormite... A humanidade não tem luz suficiente para despertá-Lo a um novo alvorecer.

Ceiça Lima

http://www.recantodasletras.com.br/pensamentos/2345357



segunda-feira, 31 de outubro de 2011

VÍCIOS

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Teu perfume selvagem,
De mato e pasto,
Devasta os sentidos
Excitando os desejos.
Febres noturnas,
De paixão descomedida,
Incógnitos limites,
Corpos de feltro,
Sequiosos ventres...
E me vergas,
Desbravas
As grutas,
As fendas...
E somos gemidos
Espasmos e gritos
E me encharcas
E somos vícios.

Ceiça Lima.



AUSÊNCIA



Quando a saudade
Insurge voraz
Do fundo da alma,
Em vão te busco
Em outros espaços
Em diferentes ninhos,
Em outros abraços...
E assim me engano
E assim divago...
Por mais que busque
Não encontro alento
E tua ausência
É mais um prélio
Somado à guerra,
É mais um fado,
Astucioso abismo,
De enganos povoado,
De heroísmos inúteis,
De sonhos remoídos...
E na moldura da mente
O teu sorriso
É todo o horizonte
Que possuo.

Ceiça Lima

Publicado na Coletânea Poesia e Encontro do Portal do Poeta Brasileiro - Lançamento V Bienal Internacional do Livro - Maceió/AL - Editora Iluminatta


SOMBRAS

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E as sombras seguem,
oblíquas,
escondidas na retina.
Sombras do que fomos,
do que somos,
do que não seremos...
E vejo-te
nos descampados,
nos caminhos íngremes,
no mar sem praia,
na quietude dos ventos...
Por todos os cantos,
por todos os lados...
Nos espaços vazios,
também nos povoados,
em tudo o que vejo,
em tudo que escrevo,
no branco das páginas,
nos versos inacabados...
Espantosas sombras
que se derramam,
por todos os cantos,
por todos os lados
Sombras...
Que a tudo seguem.

Ceiça Lima

 





domingo, 30 de outubro de 2011

SEIVA

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De uma só substância
Nos compomos,
Do mesmo desejo
Os nossos gemidos,
Da mesma febre
Nos decompomos.

Do mesmo veneno
São nossas malícias,
Da mesma loucura
As nossas volúpias,
Do mesmo sabor
As nossas carícias.

E no mais fundo
Do meu ser te acolho
No aconchego quente
Do meu ventre úmido.
E felina te prendo
No meu leito,
No meu corpo,
Na minha seiva.

E no mais profundo
Do teu ser me acolhes
Na sede tremente
Dos desejos mudos.

E nos inundamos
De suor e excesso,
Loucura crescente,
Que nos invade


Ceiça Lima



ESTRADAS

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Extremos são grades,
Polarização cadeias...
Prefiro meio de estrada
Com curvas sinuosas,
Caminhos e atalhos
Que se bifurcam,
Que se fundem
Em outras estradas,
Em outras formas,
Modalidades...
Em espirais.

Ceiça Lima


FALÁCIAS

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No breu da noite o desencanto,
se esgueira lento e triste,
nos pesadelos tormentes
que aos sonhos vem acordar.

Lá fora o vendaval uivante
É grito gélido, frio cortante
que aos ossos faz tremer...
machuca a alma, embrutece o ser.

Já não bastasse o desassossego
da tua presença no pensamento
vem o ecoar de tuas falácias,
as noites de desordem encher.

Ceiça Lima


NÃO VOLTES MAIS NÃO...


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Deixa em paz meu coração
alivia a dor dessa mágoa
vai-te embora, não voltes mais
segue teu rumo,
seguirei minha estrada....
Não quero atirar-te, enfim
as pedras que trago nas mãos
Fica bem longe,
muito longe de mim
Não fale mais nada e
não voltes mais não.

Ceiça Lima


 

SILÊNCIO...

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Caminhos sem bússolas
Rochedos desolados
Mãos que se separam
Sonhos terminados...

Nossos passos,
Nossos ruídos,
Nossos fracassos
Nossos gemidos.

E o silêncio de seda
O verbo amar vai conjugando:
Eu amo, tu amas, eles amam
Nós não mais nos amamos...

Ceiça Lima

EM TUDO ESTÁS

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Em tudo te busco
na claridade do sol
nas praias quietas
nas árvores floridas
nas ruas desertas.

Em tudo te encontro
nos poemas escritos
nos livros que leio
nos céus dos deuses
nos meus anseios.

E em tudo tu estás
no silêncio do sono
no cheiro suave do mar
no suspiro de saudade
no desejo de te amar.

Ceiça Lima

QUERO

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Quero à noite inteira
Teu cheiro doce aspirar
Saber-te de cor cada vício,
Cada desejo escrito no olhar

Quero de beijo em beijo
Guardar na eternidade,
A beleza do teu sorriso,
As tuas palavras de amor.

E nos limites do teu corpo
Escrever poesias dispersas
Com dedos sem rumo,
Lábios frenéticos
E mãos sem norte...

Ceiça Lima
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/2549325


 

LOUCO DESEJO

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Há algo de nós exalando no ar
Nas entrelinhas dos desejos
Nos labirintos que nos cercam
Nas vontades que nos incendeiam

Há em nós um desejo obsceno
Neste anseio de desvendar segredos
Mansos gritos, cheiros de entranhas
Por todos os poros e além dos sentidos

Há em nós uma tortura lenta
Impulso selvagem, voraz e quente
Que a própria carne não mais agüenta

E neste estranho e insano jogo
No emaranhado das nossas teias
Os fios da mais pura lã se entrelaçam...



Ceiça Lima


http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/2549699.

PRISIONEIRO


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E assim te escondes
Nesta guerra interior
Desperdiçando o tempo
Transformando a vida
Num seguir vazio e lento...

E assim te fazes náufrago
Dos próprios pensamentos
Numa espécie de desordem
Que por pouco ou mal comporta
Os teus sonhos remoídos...

E assim não te dás conta
Deste teu vão heroísmo
Que ao teu viver absorve
Resumindo-te prisioneiro
De coração ressequido...

Será que confundes
Liberdade com prisão
Ou estás deslembrado
Que tens o mundo inteiro
Nas palmas de tuas mãos/

Ceiça Lima
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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

MARESIA



Na noite o sono não vinha,
De saudade o peito ardia,
Olhos perdidos nas linhas,
Dos versos que me escrevias.

Num um sonho de amor encantado
Chegastes tal qual magia
Voando na brisa da noite,
Com cheiro de maresia.

E grande se fez a vontade
De no teu mar navegar
No vai e vem do teu corpo
Como argonauta vagar.

Depois da tormenta do amor
No teu calor me acalmar.
Vontade de ti, vida minha,
Do teu sabor de sal e mel...

É mesmo sonho e magia,
É coisa de maresia...
É flutuar no horizonte
Ouvindo ao fundo “Ravel”.

E sigo assim te amando,
Em sonhos e fantasias,
E sigo assim te adorando
Dia e noite, noite e dia.

Ceiça Lima



quinta-feira, 27 de outubro de 2011

SONHANDO ACORDADA



A varinha mágica da fada boa, chamada paixão, espargiu feitiço no ar e te trouxe, lá de longe, somente para me amar. Sim, foi feitiço de paixão, magia de estrelas... Foi o céu em comunhão. E onde quer que eu vá estás comigo, és parte de minhas entranhas como também sei que, da mesma forma, estou contigo. A paz, fruto da certeza do nosso amor, traz a felicidade dos nossos sonhos realizados... A certeza de ser teu mundo transporta para tuas mãos todo meu existir e em ti me vejo mulher, menina, princesa e rainha... És um mundo de encanto para mim.

Enches meu viver de paz e felicidade e eu, que antes de ti, era estrela apagada, sem forças para brilhar, hoje sou astro potente com luz forte a espalhar, e tu meu bem és o responsável por toda esta revolução interior, por este formigueiro que me consome a alma... Desejo que gosto de sentir e quero deixar tomar conta de mim.

Teus olhos são faróis que brilham na noite, pérolas negras que não me deixam tropeçar. A cada dia mostras-me um mundo novo e aos meus sonhos vem iluminar. Agora o amanhecer tem brilho, teu perfume povoa meu ar, tua voz é parte do vento, melodia suave a me enfeitiçar... Que mais à vida posso cobrar se neste mundo coisa melhor que teu amor não há?

Sonho nós dois juntinhos, abarrotados de amor e carinho, beijos molhados, abraços quentinhos... Sonho-me, quietinha, olhos fechados, no conforto dos teus braços, sentir teu calor, teu perfume embriagante, beijar teu sorriso de flor. Sonho ser-te a amiga, companheira, mãe, irmã, amante... Quente... Fervente... Perder-me nas delícias dos teus caminhos, me deleitar no teu prazer... Quero ser o vinho que te entorpece, o cobertor que te aquece, a febre que te queima, o sangue que te corre nas veias... Quero ser teu mundo e dar-te o meu, pois a minha existência já está em tuas mãos e nelas carregas meus sonhos e fantasias de amor.

E nem mesmo a distância faz este sentir acabar, nem mesmo o tempo conseguirá nos afastar, somos metades que se completam, vidas feitas para um ao outro amar. Já mais nada importa... O fato é que amando nos completamos e somos UM... Hoje, amanhã e sempre... ETERNAMENTE!
Ceiça Lima

VÉU DA NOITE

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Perguntei ao véu noite
Se algo de ti ele sabia
Respondeu-me em voz de açoite,
- Sei lá eu... Pergunte ao dia.

E no escuro te procurei
Por teu nome bem alto gritei
Nos meus braços te desejei
Mas ao alcance não te encontreI.
Ceiça Lima

ENÍGMA

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Quando saíres e sentires os raios do sol
aquecendo-te a alma e o coração...

Quando saíres e sentires a brisa fresca a
fazer-te festa nos cabelos...

Quando fechares os olhos e ouvires
ao longe o canto das ondas do mar...

Quando te deleitares com a melodia
da tua canção preferida...

Quando uma felicidade misteriosa
envolver-te por completo o ser...

Quando teu doce olhar buscar ansioso
o azul do horizonte sem fim...

Saberás que, neste momento, penso em ti,
entenderás que és parte de mim!


Ceiça Lima

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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

AMIÚDE

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Por vezes alheio,
Isolado, do mundo te encerras;
Enredado a temores te anulas,
Cingido de tabus te bloqueias...   
Transformas os vôos sublimes
Em hábitos corriqueiros,
Preceitos misteriosos,
Consentimento de ações...
Vida resumida a estranhos rituais,
Vida composta de olhos delirantes,
Olhos cheios de vontades
Que, amiúde, assistem pasmos
Ao fenecer de todas as coisas

Amiúde... Também choro.

Ceiça Lima

http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/2945234


DISTÂNCIA

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Distâncias de espanto
E silêncios nos separam,
Setas  opostas
De sentido obrigatório...
Potencialidades contidas
Nos dramas da mente,
Palavras frágeis e medrosas
Como notícia não divulgada.
Brincamos nós dois de amor
Ou corremos atrás do impossível?

Ceiça Lima
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/2945197

AMOR IMENSO

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Teus olhos são dois marinheiros
No mar sereno a velejar
Tua voz cantar estrangeiro
Que aos sonhos vem embalar

Teu sorriso é jardim florido
Que a tudo vem perfumar
És um terno alarde de cores
Que a primavera vem despertar

És raio de sol que desponta
Aquecendo a aurora fria
És fonte de água jorrando
Que as sedes do amor sacia

E este adorar-te assim por inteiro
É algo em mim tão grande e profundo
Que te amo imenso, intenso e tanto
A não mais sobrar amor no mundo
Ceiça Lima

http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/2750503

terça-feira, 25 de outubro de 2011

RETALHOS


Debruçada na noite,
olho-te surpresa
entre as probabilidades
do sim e o não.
“Navegar, navegar
e entre quatro paredes
no teu corpo mergulhar”.
Palavras, à Fausto,
são gestos de ternura
são peles, são dedos...
Falanges que se comprimem.
E te sucumbes ao sonho
de onde viestes,
e te incorporas aos códigos
dos sussurros disfarçados,
dos desejos camuflados...
E agora és calor de fogo
a crepitar na lareira...
E teus casacos de lã
são retalhos coloridos...
Jogados, no chão da sala!

Ceiça Lima
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/2522505