terça-feira, 25 de outubro de 2011

RETALHOS


Debruçada na noite,
olho-te surpresa
entre as probabilidades
do sim e o não.
“Navegar, navegar
e entre quatro paredes
no teu corpo mergulhar”.
Palavras, à Fausto,
são gestos de ternura
são peles, são dedos...
Falanges que se comprimem.
E te sucumbes ao sonho
de onde viestes,
e te incorporas aos códigos
dos sussurros disfarçados,
dos desejos camuflados...
E agora és calor de fogo
a crepitar na lareira...
E teus casacos de lã
são retalhos coloridos...
Jogados, no chão da sala!

Ceiça Lima
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/2522505

 

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