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Ela o amava intensamente, como um dia de verão. Eles se amavam lindamente como o por do sol, o surgir da lua cheia, as estrelas cintilando no céu. De tão grande era aquele amor, de tão puro era aquele sentir que um dia o Universo se sentiu enciumado e determinou que estava na hora de alguém partir...
E ele se foi como uma doce melodia que chega ao fim, deixando saudade e um vazio interior que nada, nem mesmo as flores do campo ou sorrisos de crianças poderiam preencher... E a noite se fez fria, o céu perdeu o encanto, a brisa do mar se fez ventania e o coração um lago negro a se lamentar. Dele ela mais nada sabia, sequer por onde poderia andar... Seria feliz ou triste? Estaria bem ou também sofria? Em que pensava e o que fazia?... Silêncio de tempestade era a resposta, as nuvens negras agora rodeavam seus dias... Tristeza e dor pareciam não mais ter fim...
E em cada semblante ela o procurava, no ônibus, no trem, no sinal vermelho, nos transeuntes, nas ruas... Todo vulto, toda sombra tinha seu rosto, um rosto que ela não mais conhecia... O tempo passou, as flores murcharam, o pranto secou e os espinhos calaram e a vida apenas seguia com seus dias frios de inverno, tempestades e ventanias.
E um dia a campainha da porta alguém tocou, em passos lentos, gestos leves ela abriu a porta e todo o Universo sorriu, e toda dor estancou, a saudade assustada fugiu, a tempestade se fez calor, o inverno logo acabou e a vida em festa novamente se transformou: Era ele, sua doce paixão, de volta aos seus braços, trazendo consigo a magia de todas estrelas, o encanto e o perfume do amor...
E seus sorrisos de flores se beijaram e para sempre juntos ficaram, eternizando aquele amor.
Ceiça Lima
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